Józef Teodor Nałęcz Korzeniowski nasceu em 3 de dezembro de 1857 na Ucrânia;
Aos 11 anos de idade, ficou órfão de pai e mãe e ficou aos cuidados de um tio. Aos 16, viajou a Marselha, onde trabalhou em navios da marinha mercante francesa até juntar-se, em 1878, a um navio britânico, como aprendiz;
Trabalhou em embarcações por quase 20 anos, visitou os mais variados lugares da Ásia, da África, da América e da Europa – experiência que seria definidora para sua literatura. Em 1886, obteve a cidadania britânica. Oito anos depois, em 1894, abandonou o mar e uma carreira bem-sucedida para se dedicar à escrita;
Aos 38 anos, publicou seu primeiro livro "A Loucura de Almayer" (1895). A obra foi recebida com entusiasmo pela crítica e friamente pelo público;
Em 1900, publicou seu primeiro sucesso comercial, "Lord Jim". O livro conta a história de um oficial inglês acusado de ter permitido o naufrágio de seu navio;
"O Coração das Trevas", sua obra-prima, foi publicado em 1902. A obra narra a viagem do capitão Marlow em busca do agente Kurtz, um estranho homem que fundou nos confins do Congo uma micro-sociedade baseada no horror e no medo. Refletindo sobre o caráter violento da alma humana, o romance está entre as mais importantes obras literárias de todos os tempos;
Kurtz só aparece nas últimas dez páginas, mas sua presença pesa sobre o livro todo. Esse personagem, até certo ponto louco até certo ponto lúcido demais, apaga a linha tênue entre civilizado e selvagem. Suas palavras finais resumem a história colonial da África: “O horror! O horror!”. Francis Ford Coppola fez do livro um filme brilhante, deslocando a ação para o Vietnã. "Apocalypse Now", de 1979, custou 30 milhões de dólares e um ataque cardíaco ao ator Martin Sheen. A insanidade da guerra coube toda na cena antológica em que helicópteros arrasam um vilarejo ao som de Wagner. E Marlon Brando, como Kurtz, define o século que passou: “O horror! O horror!”;
Escreveu, ao todo, 17 romances, dentre eles "Nostromo" (1904) e "A Linha de Sombra" (1917). Muitas dessas peças ficcionais foram primeiramente publicadas em formato de folhetim em periódicos como Blackwood’s Edinburgh Magazine, seguindo uma prática comum na época;
Seu livros têm em comum o tema do conflito do homem contra o próprio homem, dos limites da natureza humana e do confronto do homem frente à natureza selvagem. Seus romances, contos e novelas são povoados por personagens em situações extremas, isolados da sociedade, muitas vezes em crise com a própria identidade e com a condição de ser humano. Declarava serem Shakespeare, Walter Scott e Flaubert alguns de seus autores favoritos. Morreu na Inglaterra de ataque cardíaco em 1924, deixando seu último romance inacabado.
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