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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Erico Verissimo 110 anos!
Erico Lopes Verissimo nasceu em Cruz Alta no dia 17 de dezembro de 1905;
Filho de um farmacêutico e de uma dona de casa, foi um aluno comportado e quieto, frequentava o cinema e observava o pai trabalhando. Por volta de 1914, com quase dez anos, criou uma revista, a "Caricatura", na qual fazia desenhos e escrevia pequenas notas;
Aos treze anos, lia autores nacionais, como Aluísio Azevedo e Joaquim Manuel de Macedo, e estrangeiros, como Walter Scott, Émile Zola e Fiódor Dostoiévski. Em 1920, foi matriculado no extinto Colégio Cruzeiro do Sul (hoje Colégio IPA), um internato de orientação protestante de Porto Alegreonde o foi por muito tempo o primeiro aluno de sua turma, embora tivesse aversão à matemática;
Em 1922, seus pais separam-se. A mãe e os irmãos vão morar na casa da avó materna. Para ajudar no orçamento doméstico, torna-se balconista no armazém de um tio. Os tempos difíceis não o separam dos livros: lê, faz traduções de trechos de escritores ingleses e franceses e começa a escrever, escondido, seus primeiros textos. Vai trabalhar no Banco
Nacional do Comércio;
Percebendo que a vida de bancário não o satisfaz, mesmo sem muita certeza de sucesso, aceita a proposta de um amigo de seu pai, de tornar-se sócio da Pharmacia Central, em Cruz Alta. Além dos afazeres de dono de botica, dá aulas particulares de literatura e inglês. Começa a namorar sua vizinha, Mafalda Halfen Volpe, de 15 anos;
Em 1929, começa a publicar contos em jornais. O mensário “Cruz Alta em Revista” publica "Chico: um conto de Natal". O conto "Ladrão de Gado" é publicado na “Revista do Globo”, em Porto Alegre. Remete a um diretor, suplemento literário do Correio do Povo, o conto "A Lâmpada Mágica" que, publicado, dá ao autor notoriedade no meio literário local;
Em 1930, muda-se para Porto Alegre disposto a viver de seus escritos. Passa a conviver com escritores já renomados, como Mario Quintana, Augusto Meyer, Guilhermino Cesar e outros. No final do ano é contratado para ocupar o cargo de secretário de redação da Revista do Globo;
Em 1932, no cargo de diretor da Revista do Globo, publica seu primeiro livro "Fantoches", uma coletânea de contos;
Em 1933, publica "Clarissa" e faz a tradução de "Contraponto" de Aldous Huxley. Em 1935, lança a continuação da história de Clarissa em "Música ao Longe", que foi vencedor do Prêmio Machado de Assis. Publica "Caminhos Cruzados" que recebeu o Prêmio Fundação Graça Aranha. De 1935 a 1939, também
publicou 11 livros infantis;
Em 1938, publica "Olhai os Lírios do Campo", um de seus maiores sucessos editoriais. Passa a dedicar a maior parte de seu tempo ao departamento editorial da Globo. Em companhia dos amigos Henrique Bertaso e Maurício Rosenblatt, é responsável pelo sucesso estrondoso de coleções como Nobel e Biblioteca dos Séculos, nas quais eram encontradas traduções de textos de Virginia Woolf, Thomas Mann, Balzac e Proust;
Em 1941, passa três meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado americano, proferindo conferências. As impressões dessa temporada estão em seu livro "Gato Preto em Campo de Neve" (1941). Ele e seu irmão Enio são testemunhas de um suicídio quando conversavam na praça da Alfândega, em Porto Alegre: uma mulher se atira do alto de um edifício. Esse acontecimento é aproveitado em seu livro "O Resto é Silêncio" (1943). A frase "O resto é silêncio" é a frase que termina a peça Hamlet, de Shakespeare, dita pelo próprio à beira da morte;
Em 1943, temendo que a ditadura Vargas viesse a causar-lhe danos e à sua família, aceita o convite para lecionar literatura brasileira na Universidade da Califórnia. Muda-se para Berkley com toda a família. Lá, recebe o título de doutor Honoris Causa;
Em 1947, iniciou sua obra-prima: "O Tempo e o Vento". O previsto era reunir duzentos anos da história do Rio Grande do Sul (1745 a 1945) em um único volume que acabou ultrapassando as 2.200 páginas, sob a forma de trilogia e consumiu 15 anos de trabalho. Publicou "O Continente" em 1949, "O Retrato" em 1951 e "O Arquipélago" em 1962;
Em 1954, recebe o prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Publica "Noite";
Em 1965, publicou "O Senhor Embaixador", livro vencedor do Prêmio Jabuti na categoria romance. Em 1967, lançou "O Prisioneiro" e em 1971, "Incidente em Antares". Morreu no dia dia 28 de novembro de 1975 em Porto Alegre, deixando inacabada parte do segundo volume de suas memórias, além de esboços de um romance que se chamaria "A Hora do Sétimo Anjo";
Considerado um dos maiores expoentes da geração do realismo de 1930, conhecida como a segunda geração do modernismo no Brasil, foi um dos autores brasileiros mais conhecidos no exterior: suas obras foram editadas em mais de quinze idiomas. "O Tempo e o Vento" é considerado a grande epopeia, a grande saga da consolidação do Rio Grande do Sul como Estado. Assim, Érico Veríssimo surge não somente como um grande representante da literatura brasileira, mas também como o maior nome da literatura gaúcha. O título da obra faz referência à passagem do tempo e à sucessão de gerações das famílias fundadoras do Rio Grande do Sul, sendo que a obra transcorre de um modo linear. Já o vento, além de fazer alusão ao próprio clima característico da região, também confirma o caráter passageiro do tempo, pois o
vento “passa”.
Clique nas imagens e leia trechos de:
Fonte principal: http://www.cccev.com.br/index.php/biografia
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