"(...) o mundo, o mundo social, era insuportavelmente complicado, dois bilhões de vozes, os pensamentos de todo mundo a se debater, todos com igual importância, investindo tanto na vida quanto os outros, cada um se achando o único, quando ninguém era único. Era possível afogar-se naquele mar de irrelevância."
"Ela havia sumido num mundo interior inacessível, e seus escritos eram apenas a superfície visível desse mundo, a casca protetora que não podia ser penetrada, nem mesmo por uma mãe amorosa não, principalmente por uma mãe amorosa."
"(...) uma história era uma forma de telepatia. Por meio de símbolos traçados com tinta numa página, ela conseguia transmitir pensamentos e sentimentos da sua mente para a mente de seu leitor. Era um processo mágico, tão corriqueiro que ninguém parava para pensar e se admirar. Ler uma frase e entendê-la era a mesma coisa; era como dobrar o dedo, não havia intermediação. Não havia um hiato durante o qual os símbolos eram decifrados. A gente via a palavra castelo e pronto, lá estava ele (...)."
"Briony jamais perdera aquele prazer infantil de ver páginas cobertas com sua própria letra."
"(...) ele seria um médico melhor por ter estudado literatura. Que leituras aprofundadas a sua sensibilidade refinada não faria do sofrimento humano, da autodestruição ou do azar que leva os homens à doença! Nascimento, morte e, entre os dois, a enfermidade. Ascensão e queda esse era o tema do médico, e da literatura também."
"Cecilia era familiar como uma irmã, exótica como uma amante; ele sempre a conhecera, ele não sabia nada sobre ela; ela era feia, ela era bela; era forte (...)."
"Naquele instante de desencantamento ele se deu conta de que jamais odiara uma pessoa até aquele momento. Era um sentimento tão puro quanto o amor, porém desapaixonado e friamente racional."
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