Livraria Cultura

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terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Estrangeiro (Albert Camus)













"Perguntou-me, depois se eu não estava interessado em uma mudança de vida. Respondi que nunca se muda de vida (...)."





"Todas as noites e todas as manhãs, desde que o cão pegara aquela doença de pele, Salamano passava pomada nele. Mas, na sua opinião, a sua verdadeira doença era a velhice, a velhice não se cura."





"O mar trouxe um sopro espesso e ardente. Pareceu-me que o céu se abria em toda a sua extensão deixando chover fogo. Todo o meu ser se retesou e crispei a mão sobre o revólver. O gatilho cedeu, toquei o ventre polido da coronha e foi aí, no barulho ao mesmo tempo seco e ensurdecedor, que tudo começou. Sacudi o suor e o sol. Compreendi que destruíra o equilíbrio do dia, o silêncio excepcional de uma praia onde havia sido feliz. Então atirei quatro vezes ainda num corpo inerte em que as balas se enterravam sem que se desse por isso. E era como se desse quatro batidas secas na porta da desgraça.





"Todos os seres normais tinham em certas ocasiões desejado, mais ou menos, a morte das pessoas que amavam. (...) Desejava afirmar que eu era como todo mundo, exatamente como todo mundo."


















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