Jorge Amado 103 anos!

Jorge Leal Amado de Faria nasceu na Bahia em 10 de agosto de 1912;

Filho de um fazendeiro de cacau, com um ano de idade foi para Ilhéus, onde passou a infância;

Na adolescência foi estudar em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da "Academia dos Rebeldes", grupo de jovens que desempenhou um importante papel na renovação da literatura baiana. Os seus trabalhos eram publicados em revistas fundadas por eles mesmos;

Concluiu o ensino médio e foi para o Rio de Janeiro, então a capital do País, para estudar Direito da Universidade do Rio de Janeiro. Durante a década de 1930, a faculdade era um polo de discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contatos com o movimento comunista organizado. Tornou-se jornalista, e envolveu-se com a política ideológica comunista;

Em 1931, publicou seu primeiro livro "O País do Carnaval";

Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha. Nesse ano publicou seu segundo romance, "Cacau";

Formou-se em Direito em 1935. Em 1936, publicou "Mar Morto";

Em 1937, publicou "Capitães da Areia". O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, chamados de "capitães da areia", ambientado na cidade de Salvador dos anos 1930";

Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa;

Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Também foi autor da emenda que garantia direitos autorais. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai. Em 1955, afastou-se da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura;

Em 1958 publica um dos seus mais célebres e populares romances "Gabriela, Cravo e Canela". O livro representa um momento de mudança na produção literária do autor que até então abordava temas sociais, nesta segunda fase faz uma crônica de costumes, marcada por tipos populares, poderosos coronéis e mulheres sensuais;

Em 1959, recebe o Prêmio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro e o seu primeiro Prêmio Jabuti. No mesmo ano publicou "A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água" ;

Em 6 de abril de 1961, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras;

Em 1966, publicou "Dona Flor e Seus Dois Maridos". Alternando palavras e descrições extremamente realistas da vida boêmia da Salvador dos anos 40, com passagens mais amenas sobre comida e remédios, o livro é um extenso e nostálgico painel do cotidiano e do passado da vida baiana;

A sua obra é uma das mais significativas da moderna ficção brasileira, sendo voltada essencialmente às raízes nacionais. São temas constantes nela os problemas e injustiças sociais, o folclore, a política, as crenças, as tradições e a sensualidade do povo brasileiro. Além de inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, seus livros foram traduzidos para 49 idiomas. Morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que completaria 89 anos.

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