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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Marcel Proust 144 anos!












































Filho de um conceituado cirurgião e professor, cresceu em uma família rica que lhe assegurou uma vida tranquila e lhe permitiu frequentar os salões da alta sociedade da época. Criança de saúde frágil, aos 9 anos, manifestou-se a doença que o perturbaria até a morte: a asma;







Em 1891, ingressou na Faculdade de Direito na Sorbonne com a intenção de seguir a carreira diplomática. Licenciou-se em Direito em 1893 e em Literatura em 1895;







Em 1895, trabalhou como voluntário na Biblioteca Mazzarine (a mais antiga biblioteca pública da França). Em 1892, fundou a revista Le Banquet; publicou também alguns textos em outros periódicos, como La Revue Blanche;










Em 1896, publica seu primeiro livro, "Os Prazeres e os Dias", uma reunião de contos e poemas;









Em 1895, iniciou, sem no entanto terminar, um vasto romance autobiográfico, "Jean Santeuil" (publicado postumamente em 1952), considerado um esboço daquela que seria sua grande obra;







A morte da mãe em 1905, fez dele herdeiro de uma fortuna razoável. Com a saúde cada vez mais debilitada, acaba isolando-se dos meios sociais para dedicar-se exclusivamente à escrita. Instalou-se no apartamento que pertencera pais e mandou preparar um quarto com paredes revestidas de cortiça para reduzir a propagação de ruídos;






No isolamento, compõe os esboços do que viria a ser o "Em Busca do Tempo Perdido". Em 1908, redigiu as páginas que seriam o verdadeiro início do romance, embora ainda hesitasse quanto à forma a ser dada ao projeto;








A partir de 1909, projetou o início e o fim do livro: o último capítulo do último volume foi escrito imediatamente após o primeiro capítulo do primeiro volume. Tudo o que há no meio foi escrito depois. Em 1912 foram publicados no jornal "Le Figaro" os primeiros extratos da obra. No mesmo ano, ele tentou ser publicado em livro. Tinha setecentas páginas datilografadas, intituladas "Le Temps Perdu"  que representavam, aos seus olhos, metade do ciclo romanesco. Três editoras francesas, entre as quais a reputadíssima Gallimard, cujo editor era então o também escritor André Gide, recusaram o romance, até que Bernard Grasset o aceitou, mas somente às expensas do autor;







O primeiro volume, "No caminho de Swann", foi publicado em novembro de 1913. A obra traz uma das mais famosas passagens da literatura, quando o narrador come uma madeleine molhada no chá e vê sua consciência mergulhar involuntariamente no passado. A editora Gallimard, reconhecendo o erro de avaliação, convenceu Proust a abandonar seu primeiro editor e recomprou os direitos para publicar a obra;







Na sequência, foram publicados os demais volumes da obra: "À Sombra das Raparigas em Flor" (1918), "O Caminho de Guermantes" (1920), "Sodoma e Gomorra" (1921), "A Prisioneira" (1925), "A Fugitiva" (1925) e, finalmente, "O Tempo Redescoberto" (1927);







"Em Busca Do Tempo Perdido" não se enquadra em qualquer escola ou corrente literária, muito embora sua escrita mantenha traços de impressionismo e haja na obra pontos de contato com o simbolismo. São sete livros originais , são dezenas de personagens que se cruzam em histórias de amor, ciúmes e inveja na França da Belle Époque. A narrativa vai passando do detalhe ao painel e do painel ao detalhe sem projeções definidas, num constante reajuste de tudo aquilo que nunca será perfeitamente ajustado. A obra é um retrato da sociedade de uma época, um mergulho no universo da burguesia francesa que permite que o leitor perceba as divergências entre nobres e burgueses;







Tornou-se um escritor conhecido e reconhecido, sobretudo depois que "À Sombra das Raparigas em Flor" que ganhou o prêmio Goncourt em novembro de 1919. Seus últimos anos de vida foram de intensa luta contra a doença e a ameaça de morte. Mas ele não abandonou suas febris atividades mundanas e literárias, publicando ainda "Pastiches et Mélanges" (1919), que reúne textos e prefácios. Proust foi nomeado Cavalheiro da Legião da Honra e chegou a pensar na Academia Francesa de Letras, enquanto uma nova geração de escritores o admirava como um grande mestre: Jean Cocteau, Jean Giraudoux, François Mauriac, entre outros;







Passou os últimos anos da sua vida confinado em seu quarto, dormindo durante o dia e escrevendo à noite. Morreu aos 51 anos de pneumonia em 18 de novembro 1922. Foi enterrado no cemitério Père Lachaise, em Paris. É considerado o precursor do romance contemporâneo e “Em Busca do Tempo Perdido”, uma das maiores obras da literatura mundial.









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