Livraria Cultura

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quinta-feira, 14 de abril de 2016

O Planeta dos Macacos (Pierre Boulle)
























































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quarta-feira, 30 de março de 2016

A Hora da Estrela (Clarice Lispector)







































"Para ela a realidade era demais para ser acreditada. Aliás a palavra “realidade” não lhe dizia nada. Nem a mim, por Deus. Quando dormia quase que sonhava que a tia lhe batia na cabeça. Ou sonhava estranhamente em sexo, ela que de aparência era assexuada. Quando acordava se sentia culpada sem saber por quê, talvez porque o que é bom devia ser proibido. Culpada e contente. Por via das dúvidas se sentia de propósito culpada e rezava mecanicamente três ave-marias, amém, amém, amém. Rezava mas sem Deus, ela não sabia quem era Ele e portanto Ele não existia. Acabo de descobrir que para ela, fora Deus, também a realidade era muito pouco. Dava-se melhor com um irreal cotidiano, vivia em câmara leeeenta, lebre puuuuulando no aaar sobre os ooooouteiros, o vago era o seu mundo terrestre, o vago era o de dentro da natureza. E achava bom ficar triste. Não desesperada, pois isso nunca ficara já que era tão modesta e simples mas aquela coisa indefinível como se ela fosse romântica. Claro que era neurótica, não há sequer necessidade de dizer. Era uma neurose que a sustentava, meu Deus, pelo menos isso: muletas."







"Que se há de fazer com a verdade de que todo mundo é um pouco triste e um pouco só?"








"Se o leitor possui alguma riqueza e vida bem acomodada sairá de si para ver às vezes o outro. Se é pobre, não estará me lendo porque ler-me é supérfluo para quem tem uma leve fome permanente. Faço aqui o papel de vossa válvula de escape e da vida massacrante da média burguesia. Bem sei que é assustador sair de si mesmo, mas tudo o que é novo assusta."













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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Júlio Verne 188 anos!




































Jules Gabriel Verne nasceu na França em 8 de fevereiro de 1828;











Passou a infância na cidade francesa de Nantes e na casa de verão da família. A proximidade do porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes;








Mais tarde, seu pai, com a esperança de que o filho seguisse sua carreira de advogado, o enviou para Paris, a fim de estudar Direito. Ali começou a se interessar mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns livretos de opereta. Seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro, o que o levou a trabalhar como corretor de ações, o que teve como propósito lhe garantir alguma estabilidade financeira. Durante esse período conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo;









Em 1850, compôs uma comédia em verso, em parceria com Alexandre Dumas Filho. Só descobriu seu verdadeiro gênero literário ao escrever algumas narrativas de viagens. Seu primeiro grande sucesso, "Cinco Semanas em um Balão" (1863), foi recusado por quinze editoras, que não viam no livro mais que uma tentativa frustrada de predizer o futuro. Até que, apresentado por Alexandre Dumas Filho, Verne conheceu Pierre Jules Hetzel, o editor mais influente de Paris, que lhe propôs escrever mais de um livro por ano;








Com "Cinco Semanas em um Balão", inaugurou um novo gênero literário: o romance geográfico e científico. Na sequência escreveu: "Viagem ao Centro da Terra" (1864), "Da Terra à Lua" (1865), "Vinte Mil Léguas Submarinas" (1870), "A ilha Misteriosa" (1870) e "A Volta ao Mundo em 80 dias" (1873);








O novo estilo literário inaugurado por ele, foi utilizado por uma nova arte que surgia: o cinema. "Da Terra à Lua (Georges Mélies, 1902), La Voyage a travers l'impossible (Georges Mélies, 1904), "Vinte Mil Léguas Submarinas" (Georges Mélies, 1907), Michael Strogoff (J. Searle Dawley, 1910), "La Conquête du pôle" (Georges Mélies, 1912) foram alguns dos primeiros filmes baseados em suas obras. "A Volta ao Mundo em 80 dias" foi filmado em 1956, com orçamento milionário, dirigido por Michael Anderson;









Em 1886, sofreu uma estranha tentativa de assassinato. Seu sobrinho Gaston, filho de seu irmão Paul, deu-lhe um tiro. Uma das balas ficou alojada entre o tornozelo e o pé, deixando-o coxo pelo resto de sua vida. Gaston foi internado em um manicômio pelo resto de sua vida. Suas últimas obras de ficção já não demonstravam o mesmo otimismo com os avanços tecnológicos que eram tão claros em suas primeiras obras. Pessimista em relação ao futuro da civilização escreveu “Paris no século XX”, obra que foi recusada por Hetzel na época, e que foi publicada somente em 1989, mais de um século depois de ter sido escrita;









Escreveu mais de 100 livros e é um dos escritores com mais traduções em toda a história, em aproximadamente 148 línguas. É considerado por críticos literários o inventor do gênero ficção científica. Em suas obras, previu inúmeros inventos tais como: a televisão, o helicóptero, o cinema falado, a iluminação a néon, o ar condicionado, os arranha-céus, os mísseis teleguiados, os tanques de guerra, os veículos anfíbios, o avião, o submarino, o aproveitamento da luz e da água do mar para gerar energia, o uso de gases como armas químicas. Continuou escrevendo até a sua morte em março de 1905, aos 77 anos.









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