O amor na Literatura nas três fases da vida:
(o critério utilizado para classificar os livros não foi, exclusivamente, a idade dos personagens mas também a forma como o autor aborda o tema na obra)
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amores juvenis:
O livro narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.
A redatora publicitária Clarissa Corrêa escreve sobre as desilusões de um romance avassalador. Clarissa é certeira, indo direto ao ponto por meio de relatos sinceros, que recheiam o livro e dão uma pitada diferente no modo de pensar o amor. Entre os altos e baixos do fim de uma relação amorosa, a história é contada e sentida a partir de desabafos escritos em primeira pessoa. Cheio de citações a personalidades do cotidiano atual, o texto adquire um tom de veracidade e aproximação a cada página, criando uma intimidade até mesmo cômica com que já sentiu ou passou pela mesma situação, em que o amar e ser amado não é responsabilidade de um só. Registrando todas as fases de um rompimento, a protagonista chora, se arrepende, fica aliviada, triste de novo, sente saudades, tem muita raiva, volta a amar o mesmo amor, se encontra e se desencontra várias vezes. Chega à etapa de se entender e respeitar, para poder, quem sabe, voltar a amar. Escreve crônicas e poemas que expressam seus sentimentos. Conta os detalhes da traumática separação, classifica os tipos de homem e declara independência. Partindo de uma forma mais caótica de se expressar até chegar o mais próximo da razão, o amor e todos os seus obstáculos são a força que alimenta a narrativa. Sem medo de se expor ou ser julgada, a protagonista de Para todos os amores errados é um reflexo da mulher contemporânea que, ao mesmo tempo em que se permite amar, não tem medo de falar e gritar aos sete ventos que uma paixão também pode dar errado.
amores adultos:
amores maduros:
Considerado o livro mais autobiográfico da escritora, dramaturga e cineasta Marguerite Duras (1914-1996), "O amante", escrito em 1984, recebeu o Prêmio Goncourt, o mais importante da literatura francesa e se consagrou como sua obra mais célebre. O romance narra um episódio da adolescência de Duras: sua iniciação sexual, aos quinze anos e meio, com um chinês rico de Saigon. Se as personagens e fatos são verídicos, a escrita os transfigura e transcende; não sabemos em que medida a história é verdadeira. Os encontros amorosos são, ao mesmo tempo, intensamente prazerosos e infinitamente tristes; a vida da família contrapõe amor e ódio, miséria material e riqueza afetiva. A presença da mãe, sua desgraça financeira e moral, do irmão mais velho, drogado, cruel e venal, e do irmão mais novo, frágil e oprimido, constituem uma existência predominantemente triste, e por vezes trágica, de onde Duras extrai um esplendor artístico que se reflete em sua própria pessoa - personagem enigmática, quase de ficção. Tem sido dito que ler este livro é como folhear um álbum de fotografias - a narrativa se desenrola em torno de uma série de imagens fascinantes. Esse trabalho primoroso com as imagens também pode ser verificado nos mais de vinte filmes dirigidos por Duras e na possibilidade de seus textos se transformarem em filmes, como o fez Jean-Jacques Annaud com "O Amante" em 1991.
Capitu, Bentinho e Escobar formam o triângulo amoroso mais conhecido da literatura nacional – com a condição de que acreditemos no narrador de um dos mais polêmicos romances brasileiros. Quem conta a história de Dom Casmurro é o próprio Bento Santiago, agora um senhor maduro que relembra a infância passada no bairro carioca de Matacavalos, quando conheceu o amor de sua vida: Capitu. Com a ironia que lhe é característica, Machado revolucionou o romance de amor, deixando para os leitores um dos grandes enigmas da nossa cultura: afinal, Capitu traiu ou não traiu?
Um romance surpreendente sobre um casal em uma sociedade que procura superar as dificuldades dissimuladas sob a aparente felicidade apregoada pelos Estados Unidos nos anos 1950. Ambientada em 1953, recuando também ao período da Segunda Guerra, a relação do casal de protagonistas toma diversos rumos, combinando episódios da repressão do macarthismo a questões que envolvem lealdade conjugal. Um sucesso de vendas que recebeu, entre outros, os prêmios do Washington Post, do Amazon Books e do Financial Books de melhor livro de 2008.
O livro conta a a história de um velho jornalista que escolhe a luxúria para provar a si mesmo, e ao mundo, que está vivo. Primeira obra de ficção do autor colombiano em dez anos, "Memória de Minhas Putas Tristes" desfia as lembranças de vida desse inesquecível e solitário personagem em mais um vigoroso livro de Gabriel García Márquez. O leitor irá acompanhar as aventuras sexuais deste senhor, narrador dessas memórias, que vai viver cerca de "cem anos de solidão" embotado e embrutecido, escrevendo crônicas e resenhas maçantes para um jornal provinciano, dando aulas de gramática para alunos tão sem horizontes quanto ele, e, acima de tudo, perambulando de bordel em bordel, dormindo com mulheres descartáveis, até chegar, enfim, a esta inesperada e surpreendente história de amor. Escolhido o presente, ele segue para o prostíbulo de uma pitoresca cidade e ao ver a jovem de costas, completamente nua, sua vida muda imediatamente. Quando acorda ao lado da ainda pura ninfeta Delgadina, o personagem ganha a humanidade que lhe faltou enquanto fugia do amor como se tivesse atrás de si um dos generais que se revezaram no poder da mítica Colômbia de Gabriel García Márquez. Agora que a conheceu, ele se vê à beira da morte. Mas não pela idade, e sim por amor. Para uns, "Memória de Minhas Putas Tristes" trata-se de uma reflexão romanceada sobre o amor na terceira idade. Para outros, é um hino de louvor à vida e, por extensão, ao amor, já que um não existe sem o outro no imaginário do Prêmio Nobel de Literatura de 1982. Sempre sublime, Gabriel García Márquez presenteia-nos com esta jóia narrativa repleta de sabedoria, memória e bom humor, que confere ainda mais brilho à sua genialidade literária.
Péter Esterházy traça um retrato original e bem-humorado da relação entre um homem e uma mulher – ou muitos homens e muitas mulheres. Vai desde as questões do cotidiano – a casa, o dinheiro, as famílias, filhos, trabalho, comida –, até questões de história e política, compondo um complexo mosaico da figura feminina. O mistério a ser decifrado é a singularidade dessa “uma” mulher que pode ser várias mulheres ou várias facetas de uma mesma (metamorfoseada das formas mais inusitadas). Considerado um dos principais autores europeus contemporâneos, com mais de 30 livros publicados e traduzido para cerca de 25 países, Péter Esterházy alterna humores e sentimentos nos 97 fragmentos de Uma mulher, que podem ser lidos como uma série de diferentes histórias ou partes de uma mesma obra. Amor e ódio estão sempre presentes, tornando as coisas agitadas, como é comum nas relações amorosas. Porque no amor (assim como no livro de Esterházy) nada é definido nem definitivo, e um casal precisa sempre se lembrar por que é mesmo que decidiu ficar junto. "Há uma mulher. Sente por mim o que eu sinto por ela, me odeia, me ama. Quando ela me odeia eu a amo, quando ela me ama, eu a odeio. Não existe outra possibilidade."
Frank e April Wheeler são jovens que, ao se mudarem para uma casa confortável nos arredores de Nova York, acreditam ter uma vida cheia de oportunidades pela frente. Apesar de terem de conviver com vizinhos mesquinhos e desinteressantes, consideram-se acima de tudo isso. Mas, conforme os anos passam, seus desejos parecem cada dia mais distantes. Ele detesta o trabalho burocrático, mas não sabe o que fazer para escapar da rotina. Ela, que se tornou mãe de dois filhos antes do planejado, gasta os dias em pequenos afazeres domésticos. Agora, uma nova chance de mudar suas vidas os fará tomar um rumo inesperado. Com profunda empatia e clareza, Richard Yates nos mostra como Frank e April comprometem esperanças e ideais, traindo não apenas um ao outro, mas também a si mesmos. Lançado em 1961 com o título original "Revolutionary Road", o livro de Richard Yates está na lista dos 100 maiores romances de todos os tempos da revista Time.
Um romance surpreendente sobre um casal em uma sociedade que procura superar as dificuldades dissimuladas sob a aparente felicidade apregoada pelos Estados Unidos nos anos 1950. Ambientada em 1953, recuando também ao período da Segunda Guerra, a relação do casal de protagonistas toma diversos rumos, combinando episódios da repressão do macarthismo a questões que envolvem lealdade conjugal. Um sucesso de vendas que recebeu, entre outros, os prêmios do Washington Post, do Amazon Books e do Financial Books de melhor livro de 2008.
Péter Esterházy traça um retrato original e bem-humorado da relação entre um homem e uma mulher – ou muitos homens e muitas mulheres. Vai desde as questões do cotidiano – a casa, o dinheiro, as famílias, filhos, trabalho, comida –, até questões de história e política, compondo um complexo mosaico da figura feminina. O mistério a ser decifrado é a singularidade dessa “uma” mulher que pode ser várias mulheres ou várias facetas de uma mesma (metamorfoseada das formas mais inusitadas). Considerado um dos principais autores europeus contemporâneos, com mais de 30 livros publicados e traduzido para cerca de 25 países, Péter Esterházy alterna humores e sentimentos nos 97 fragmentos de Uma mulher, que podem ser lidos como uma série de diferentes histórias ou partes de uma mesma obra. Amor e ódio estão sempre presentes, tornando as coisas agitadas, como é comum nas relações amorosas. Porque no amor (assim como no livro de Esterházy) nada é definido nem definitivo, e um casal precisa sempre se lembrar por que é mesmo que decidiu ficar junto. "Há uma mulher. Sente por mim o que eu sinto por ela, me odeia, me ama. Quando ela me odeia eu a amo, quando ela me ama, eu a odeio. Não existe outra possibilidade."
Frank e April Wheeler são jovens que, ao se mudarem para uma casa confortável nos arredores de Nova York, acreditam ter uma vida cheia de oportunidades pela frente. Apesar de terem de conviver com vizinhos mesquinhos e desinteressantes, consideram-se acima de tudo isso. Mas, conforme os anos passam, seus desejos parecem cada dia mais distantes. Ele detesta o trabalho burocrático, mas não sabe o que fazer para escapar da rotina. Ela, que se tornou mãe de dois filhos antes do planejado, gasta os dias em pequenos afazeres domésticos. Agora, uma nova chance de mudar suas vidas os fará tomar um rumo inesperado. Com profunda empatia e clareza, Richard Yates nos mostra como Frank e April comprometem esperanças e ideais, traindo não apenas um ao outro, mas também a si mesmos. Lançado em 1961 com o título original "Revolutionary Road", o livro de Richard Yates está na lista dos 100 maiores romances de todos os tempos da revista Time.
amores juvenis amores adultos amores maduros:
O livro é fruto de uma série sobre grandes paixões da história, publicada no jornal espanhol El País. Rosa Montero mostra que os amantes são, se não um pouco, muito 'loucos'. A paixão e o amor podem ser enaltecidos de tantas maneiras, e podem ser usados como pretexto para tantas anomalias, que é assustador perceber que os finais felizes não entram para a história. A autora analisa uma gama de relacionamentos que deixaram marcas até hoje, como o romance entre o pintor Amedeo Modigliani e a virgem Jeanne Hébuterne, o platonismo de Lewis Carroll pela criança Alice Lidell, ou os clássicos amores de Cleópatra e Marco Antônio, Arthur Rimbaud e Paul Verlaine, e mesmo John Lennon e Yoko Ono.